14 de março de 2014
Um diálogo: A mulher Contemporânea e as Deusas Gregas.
Vivemos
em uma sociedade onde homens e mulheres buscam o sentido da vida, o seu lugar
no espaço, a expansão das suas potencialidades, e a realização nas dimensões biológica, familiar, social, econômica, política e espiritual.
Refletir
a mulher nesse contexto é perceber a pluralidade deste ser que encontra na teia
da vida a sua maneira de se realizar, se planificar e se sentir feliz.
Recorremos
ao movimento do “Conhecer a si mesmo”, princípio Socrático que provoca a sede
da transformação, aquela que identifica todo o potencial manifestado ou não
para expandir e expressar no cotidiano da vida.
Buscamos
o arquétipo das deusas gregas à matriz psíquica que molda pensamentos, emoções
e atitudes capazes de gerar ideais e comportamentos que em estado latente podem
ser despertos. Vejamos: Com Artêmis a deusa da lua e da caça, despertou a guerreira, a apreciação da natureza e da
vida simples, e esse desejo de independência feminina; fidelidade ao mundo
interior. Com Atena nos inspiramos na sabedoria e paixão pela verdade e
justiça, eis a deusa intelectual do Olímpio. A Hera, ah! Com Hera podemos
aprender com o poder da vontade feminina. Ela, esposa de Zeus, protetora do
casamento e da fidelidade. Com Perséfone penetramos nos mistérios ocultos além
da realidade terrena, ainda despertamos a vaidade, percepção, meiguice e
obediência feminina. Deparamo-nos então com Afrodite, ela que é filha de Zeus
e da ninfa Dione, onde se evoca o amor, a beleza, a sexualidade e o viver no
tempo presente. Há nela muita paixão e sedução. Com Héstia, irmã mais velha de
Zeus, que tinha por missão cuidar do fogo da cidade e do fogo das casas, ela é
bem a expressão do calor humano, do aconchego, do devotamento, da dedicação a
família e a expansão dessa doação às causas espirituais representando o poder
sagrado.
Concluímos,
portanto, que existem muitos movimentos latentes dentro de cada mulher, que na
contemporaneidade se concretiza nas realizações pessoais, familiares,
profissionais e afetivas, desafiando nesse ecletismo a capacidade de planejar,
de enfrentar e de se responsabilizar pelo seu viver sempre na busca do
equilíbrio que no dizer de Vitor Hugo: “Ela é um rouxinol que canta”, pois quê,
cantar é conquistar a própria alma.
Nestas reflexões, desejamos a plenitude
dessas potencialidades capazes de gerar um estado de bem-estar consigo, com a
família, com o trabalho, com o sagrado, visto que tudo é a manifestação viva do
Amor. Mulher, gestação do Amor!
Por:
Maryneves Saraiva de Arêa Leão (Historiadora, formação em biopsicologia e
facilitadora da Oficina Corpo, Mente Emoção, Um diálogo: A Mulher Contemporânea
e as Deusas Gregas.)
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