O dia amanheceu alegre e festivo.
E aí vieram as lembranças cristalinas desta data tão importante para nós. O Brasil
e, especialmente o Nordeste, lembravam com veemência os cem anos de nascimento
de LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO, que cantou e encantou a soberania de nossa
Pátria, e o lamento do meu Nordeste sofrido. Uma voz encantadora que ecoava
vibrante em todos os rincões de nossa Pátria. Era a promessa Divina que se
cumpria para a redenção de nosso povo e a felicidade geral de nossa gente. Que maravilha! Neste dia singular assinala,
também, a data de nascimento de MATHEUS HENRIQUE MADRUGA SARAIVA DE PAULA, nosso
primeiro neto, que veio ao mundo cheio de graça guiado pela promessa fiel de
nosso Criador. O ano era o de 1994 e, provavelmente, no mês de abril. O casal
ADRIANA KELLY MADRUGA SARAIVA DE PAULA, minha boa filha e o esposo JORGE ANTÔNIO
DE PAULA, me dava à notícia de que eu seria avô pela primeira vez. Fiquei deveras
contente, contudo, procurei conter os ânimos e serenar o sentimento forte que
tomava conta de mim.
E no dia 13 de dezembro daquele ano, nascia em
Boa Vista – Roraima, na Maternidade de Boa Vista, de parto normal, uma saudável
criança, que recebeu o nome de MATHEUS HENRIQUE, que, agora, está completando
18 anos de existência. É um jovem dócil, saudável, inteligente e de estatura
mediana para alto. De aparência bonita, simpático, comunicativo e agradável. É
de fino trato e humilde com as pessoas que estão em seu derredor. Sabe granjear
amizade com facilidade, porque é atencioso, solícito, prestativo e não sabe o
que é guardar ressentimento no coração, porque reconhece o quanto representa o
ato do perdão no Plano do Pai Eterno. Por isso as Promessas Divinas vão estar
sempre presentes nos horizontes venturosos de seus dias. Matheus Henrique é um
exemplo de dignidade e retidão perante aqueles que o assistem na faina de todos
os dias. Tenho orgulho de ser seu avô e pai como tenho sido desde sua mais
tenra idade. Seu pai biológico é militar da Aeronáutica e à época servia em
Fortaleza, onde residia. Pequenino, morou na companhia dos avôs e seguia
fielmente os seus passos. Toda manhã, cedinho, vinha com a gente abrir o
Laboratório. Era nosso pequeno fiel companheiro nas atividades de cada dia. E
foi na Igreja que aprendeu a orar e a ser temente a Deus e facilmente entendeu
que, em nossa mera existência, nada tem valor sem a presença do Pai Eterno
entre nós.
Em Romanos 8-28, cita: “Sabemos que todas
as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles
que são chamados por seu decreto.” E aproveito o ensejo pra dar, aqui, mais um
testemunho dos muitos livramentos que Deus, em sua infinita misericórdia, tem me
concedido. Matheus Henrique tinha um ano e meio de idade. Em uma de suas vindas
com os avôs no início da manhã para o Laboratório, descemos da camioneta D-20 e,
como de costume, foi buscar, no fundo do corredor, o carrinho com que sempre
brincava. E já vinha com ele em suas mãos. E quando sentei na cadeira de minha
mesa de trabalho, levantei-me de imediato e o convidei para ir passear no carro
comigo. E, ele, carinhosamente respondeu: “Vambola vovô”. Colocou o brinquedo
em um dos bancos de assento da clientela e saiu na D-20 comigo para um passeio
pela cidade. Uma jovem, que estava trabalhando no Laboratório, em caráter experimental,
se dirigiu a vovó Nevinha e disse-lhe: Constato que na parte de traz do brinquedo
de Matheus Henrique tem uma coisa se mexendo. E quando ela olhou, viu que era
uma cobra jararaca, tida como muito venenosa. Acreditamos que esta serpente possa
ter vindo de um terreno baldio que, à época, ficava apenso ao prédio do
Laboratório. Cuidadosamente Nevinha matou a cobra e, emocionada, começou a chorar.
Chamou Wellington, um auxiliar da casa, que retirou o animal sem vida do
brinquedo e o deixou estirado numa das dependências do Estabelecimento de Trabalho.
Quando voltei, Nevinha indagou-me, chorando, porque, ao chegar ao Laboratório, fui logo
convidando Matheus Henrique para ir
passear? Disse-lhe que foi uma vontade instintiva que senti naquele momento. E
mostrou-me a cobra morta esticada no piso, que, pela misericórdia de Deus, não
picou a criança. Fiquei emocionado e quando amainei os ânimos, entrei em oração
de agradecimento pela grande bênção recebida do Onipotente.
Na
vida de Matheus Henrique tudo tem sido de bênção para ele. Por isso acredito
sempre que nada acontece por acaso no plano do Criador. Quando começou a
estudar, logo no primeiro ano, ficou sem graça quando a Professora lhe disse
que trouxesse o pai na data a ele consagrada para fazer-lhe as homenagens que
lhe são devidas. E veio até a mim e, ingenuamente, perguntou-me: Vovô, você
também é meu pai? Claro que sim, sou seu pai duas vezes e não fique triste,
pois no dia dos pais, estarei lá na Escola com você para as homenagens de praxe.
No dia citado fui com ele e participei da solenidade previamente programada. Pulamos
e brincamos como duas crianças em confraternização com as demais que se
divertiam. Vi Matheus Henrique crescer ao longo dos dias que se passaram. E nas
festividades que carecia da presença dos pais, ali me encontrava fielmente para
dar o apoio necessário ao seu desenvolvime0nto psicológico. Nas atividades
desportistas, como o futebol, que o vi jogar tantas vezes, participava das
comemorações que iam acontecendo.
Matheus
Henrique vislumbra grandes sonhos para o futuro. É ciente da necessidade que
tem de se desenvolver física e intelectualmente. E que terá de trilhar por ínvios
caminhos, para que possa atingir os objetivos colimados. É ciente de que, sem
sacrifício, não chegará a lugar nenhum. E que o futuro lhe reserva boas
oportunidades, desde que saiba trilhar pelos horizontes fascinantes que se lhe
descortinam. Sabe que a concorrência é severa em todos os campos de atividade
da vida que prossegue, tendo que lutar com tenacidade para atingir o objetivo a
que se propõe. Matheus Henrique Deus estará sempre com você e promete-lhe grandes
realizações. Tenha fé e bom ânimo que tudo vencerá. ”Deus é a minha fortaleza e
a minha força e ele perfeitamente desembaraça o meu caminho.” 2 Samuel 22.33.
Artigo de Dr. FRANCISCO DE ASSIS CAMPOS SARAIVA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui a sua opinião!