Alcobaça:
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça ou mais simplesmente como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Foi começado em 1178 pelos monges de Cister. Está classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional, desde 1910, IPPAR. Em 7 de Julho de 2007. Foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.
Em 1834 os monges foram forçados a abandonar o mosteiro, na sequência
do decreto de supressão de todas as ordens religiosas de Portugal,
promulgado por Joaquim António de Aguiar, ministro dos negócios eclesiásticos e da justiça do governo da regência de D. Pedro, Duque de Bragança.
Em 1340, D. Pedro I casa-se com a princesa castelhana D. Constança Manuel. Uma das aias que acompanhava D. Constança era Inês de Castro,
por quem D. Pedro se apaixonou. Em 1348-1349, D. Constança morre e
então D. Pedro assume mais abertamente o relacionamento com Inês de
Castro em terras de Coimbra.
O rei D. Afonso IV (pai de D. Pedro), temia o poderio da família de Inês de Castro e da sua influência na sucessão do infante D. Fernando, filho primogênito e herdeiro de D. Pedro. No dia 7 de Janeiro de 1355, Inês de Castro, encontrando-se nos Paços de Santa Clara em Coimbra (embora a lenda diga que ela estava à beira da Fonte dos Amores, na Quinta das Lágrimas), foi assassinada por Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco, sendo sepultada em Coimbra.
D. Pedro sobe ao trono em 1357 e uma das suas primeiras medidas foi
mandar construir um túmulo majestoso para Inês de Castro. Em 1360, acabado o túmulo, D. Pedro ordenou que o colocassem no transepto sul do Mosteiro de Alcobaça
e em seguida que trasladassem para lá o corpo de D. Inês. D. Pedro I
mandou construir um túmulo semelhante para si próprio, sendo colocado
lado a lado (do lado esquerdo) do de D. Inês. O rei morre em 1367 indo repousar, nessa altura, ao lado da sua amada.
Túmulo de Inês de Castro:
Inês de Castro está representada com a expressão tranquila, rodeada
por anjos e coroada de rainha. A mão direita toca na ponta do colar que
lhe cai do peito e a mão esquerda, enluvada, segura a outra luva.
Os temas representados no túmulo são: nos frontais, a Infância de
Cristo e a Paixão de Cristo e, nos faciais, o Calvário e o Juízo Final.
Neste túmulo salienta-se um dos faciais, que representa o Juízo
Final. Pensa-se que D. Pedro, com a representação desta cena dramática
da religião cristã, quis mostrar a todos (inclusive a seu pai e aos
assassinos) que ele e Inês tinham um lugar no Paraíso e que quem os
fizera sofrer tanto podia ter a certeza que iria entrar pela bocarra de
Levitão representada no canto inferior direito do facial. Podemos
observar também a figura de Cristo entronizado, e a Virgem e os
Apóstolos que à sua direita rezam. Em baixo estão representados os
mortos que se levantam das suas sepulturas para serem julgados.
Túmulo de D. Pedro I
D. Pedro I está representado também com a expressão tranquila,
coroado e rodeado por anjos. Segura o punho da espada na mão direita,
enquanto com a esquerda agarra a bainha.
Nas faces do túmulos estão representadas: nos frontais, a Infância de
S. Bartolomeu e o Martírio de S. Bartolomeu e, nos faciais, a Roda da Vida e a Roda da Fortuna e ainda a Boa Morte de D. Pedro.
Neste túmulo destaca-se o facial da cabeceira onde está representada a Roda da Vida e a Roda da Fortuna. A Roda da Vida possui 12 edículas com os momentos da vida amorosa e trágica de D. Pedro e de D. Inês
Registro Fotográfico de Maryneves Arêa Leão.
Texto retirado da Wikipédia
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