26 de junho de 2012

Desobesessão Espiritual com o Concurso da “Comunidade Cristã das Mães Consoladoras” por Vitor Ronaldo costa.

“A presença reconhecida de sua mãe completara-lhe a modificação benéfica. O sofredor, como o náufrago desesperado atingindo porto amigo e reconfortante, esquecera as palavras odientas e blasfemas de minutos antes e, conchegando-se ao coração materno, rogava: - Minha mãe, o infortúnio colheu-me o espírito desventurado!... não me abandones! Não me abandones!...” (André Luiz e Chico Xavier. Obreiros da Vida Eterna, pág.109, 17ª edição, FEB.)
As atividades mediúnicas de cunho assistencial, especialmente aquelas voltadas ao socorro dos espíritos obsessores reservam-nos surpresas incontáveis, haja vista as iniciativas diversificadas em forma de auxílio provenientes do Mundo Maior. No nosso modo de ver, a reunião consagrada ao mister da desobsessão, reveste-se do máximo empenho fraternal, pois é o momento em que as forças do Céu e da Terra se irmanam em luminoso consórcio, com a finalidade de aliviar o sofrimento dos encarnados enfermos e dos espíritos em profundo estado de perturbação. O mecanismo íntimo daquilo que se processa na espiritualidade, no transcorrer de uma sessão assistencial mediúnica, evidencia-se de acordo com os objetivos propostos pelos Mentores, tendo em vista o melhor aproveitamento das circunstâncias em benefício do espírito assistido. Os obreiros mais afeiçoados às reuniões práticas sabem que, em algumas situações, o obsessor se manifesta seduzido pelo sentimento abastardado de vingança, em virtude das recordações tormentosas que cultiva. Por vezes, é tão intenso o ódio nutrido contra o desafeto encarnado, que ele mal consegue escutar os apelos evangélicos que lhe são dirigidos e, em estado de desespero, desfia continuadamente um verdadeiro rosário de lamúrias, entremeado de imprecações disparatadas, em virtude da cristalização do pensamento no objetivo da vingança. Em outras ocasiões, defrontamos entidades ardilosas e cruéis, a agirem como verdadeiras hipnotizadoras das sombras. Satisfazem-se em atormentar a existência daqueles mais vulneráveis às influências espirituais negativas. Costumam assumir posturas supostamente relevantes. Ora apropriam-se do título de justiceiros, ora autodenominam-se cientistas, utilizando as vítimas encarnadas como cobaias de suas atrocidades. Mas, qualquer que seja o tipo de espírito agressor, a desobsessão constitui-se um dos grandes desafios da prática espírita. Daí, a necessidade do grupo mediúnico corresponder às premissas kardecianas explicitadas em “O Livro dos Médiuns”. A caridade dispensada em reuniões desobsessivas é tarefa de abnegação e desprendimento, a exigir dos tarefeiros um bom nível de conhecimento doutrinário e uma vivência razoável no campo da ética evangélica. Assim sendo, parece-nos imperioso nos situarmos à altura daquilo que pretendemos alcançar, pois as tarefas mais complexas desveladas no decorrer da terapia desobsessiva só serão consideradas exitosas desde que contemos com o imprescindível concurso dos benfeitores espirituais. Não obstante o emprego de inúmeras manobras magnéticas, a ilustrar o arsenal terapêutico anti-obsessivo, especialmente as técnicas utilizadas pelos grupos que adotam o mentomagnetismo aplicado, parece-nos oportuno relembrar o seguinte alerta: acima da mais apurada técnica, situa-se o amor fraternal e, muito além de nossas possibilidades volitivas, prevalece a vontade dos Mentores Espirituais. Assim sendo, a título de troca de vivências doutrinárias, comentaremos um fato relevante acontecido em uma das nossas reuniões mediúnicas de caráter assistencial. Certa ocasião recebemos a visita de infeliz entidade, irascível e odienta, que, há muito, atormentava um cidadão submisso, vítima de enfermidade pertinaz de natureza puramente fluídica. Todavia, a dialética esclarecedora intentada parecia ecoar distante de seus ouvidos. Portador de elevado grau de insanidade, cristalizara o pensamento nos propósitos do revide, tornando-se refratário aos apelos evangélicos que lhe formulávamos. Fizemos, então, alguns segundos de silêncio e recolhemo-nos em prece, em sentida rogativa de auxílio ao Pai Maior. Ao seu turno, a entidade deixou de vociferar, também silenciou por um instante, como se estivesse pressentindo algo. Foi quando uma entidade feminina de elevado padrão vibratório se aproximou de uma das médiuns e, por meio da psicofonia, forneceu-nos a seguinte informação: “Querido irmão. Nós, as mães dos filhos que atendes, junto com abnegados amigos, solicitamos a condescendência obsequiosa de todos para com os nossos 'meninos'. Nossos queridos filhos, ainda, carecem de uma melhor compreensão da vida. A paixão abate seus corações, por vezes, inseguros, entretanto, tão intrépidos para praticar atos de vandalismo despropositados. As correntes do bem se somam para ajudar nossos 'pequeninos'. Oh, queridos amigos! Manifestamos um grande amor fraternal por todo o grupo de vocês, tanto os que estão no corpo físico, quanto aqueles que compartilham conosco o Mundo Espiritual. Somos agradecidas pelo amor que o grupo demonstra no atendimento aos nossos filhos enfermos. Há tempos, juntamo-nos aqui na espiritualidade, para colaborar com a atividade renovadora do Cristo. Organizamos, então, uma “Comunidade Cristã das Mães Consoladoras”. Tentamos, por nossa feita, contribuir com as equipes socorristas e passamos a trabalhar, principalmente, na localização das mães de espíritos necessitados de esclarecimentos. Quando localizamos a mãezinha de um desses enfermos, a trazemos para a nossa comunidade, onde trocamos experiências, ministramos aulas e oficinas, tudo feito com o objetivo de infundir o equilíbrio interior das mães, para que, em momento oportuno, elas possam acolher os filhos queridos e resgatá-los para as fileiras do Cristo. Sentimo-nos extremamente agradecidas e edificadas quando recebemos, em nossos colos, um filho transviado e carente de afeto. Que Jesus abençoe os grupos desobsessivos que exercitam a técnica abençoada do mentomagnetismo aplicado e que viabilizam uma melhor acolhida dos nossos filhos. Eles se restauram mais rapidamente, logo no decorrer do atendimento e são protegidos dos ataques daqueles que se manisfestam contrários a sua edificação. Paz, queridos irmãos. Que Deus ilumine cada vez mais os vossos corações.” Em sequência, os médiuns identificaram a aproximação de outra entidade feminina. Pela maneira carinhosa como envolveu o obsessor, compreendemos tratar-se de sua genitora. A emoção externada pelo significativo encontro permitiu ao enfermo espiritual aceitar o socorro antes rejeitado. O fato é que, desde então, passamos a contar, sempre que possível, com o concurso dessa falange bendita, a facilitar-nos a abençoada tarefa de reconquistar para o Cristo os espíritos obstinados no mal. Os lidadores da mediunidade nas instituições espíritas sabem por experiência própria que, vez por outra, ocorre a presença de um familiar desencarnado, disposto a auxiliar na tarefa de esclarecimento evangélico dispensado ao espírito decaído. Todavia, a nossa satisfação se ampliou ao sabermos da existência, no Mundo Maior, de uma verdadeira falange de mãezinhas organizadas e esperançosas, aptas a cooperarem mais diretamente na recuperação de seus filhos queridos. Ninguém duvida da poderosa força que se constitui o amor maternal. Quando encarnada, a personagem feminina é aquela que se preocupa e vela pela saúde e educação dos seus rebentos. Capaz de qualquer sacrifício, enfrenta com coragem e muita renúncia os inúmeros desafios da existência, tendo em vista o bem estar de cada filho. Desencarnada, permanece atenta às necessidades daqueles que se rebelaram contra a harmonia divina, pleiteando junto ao Pai Celestial a intercessão benfazeja dos espíritos superiores. Não é difícil constatar tal realidade. A propósito, lembramos a participação heróica do espírito de Ernestina em favor do desventurado Domênico, conforme assinala André Luiz em “Obreiros da Vida Eterna” (FEB). Recordamos, também, o encontro caloroso e emocionante entre os espíritos da nobre Matilde e do rebelde Gregório, autêntico agente das sombras, que, no entanto, dobrou-se vencido ao chamamento amorável de sua querida mãezinha, conforme relata o respeitável repórter do mundo espiritual, em “Libertação” (FEB). Que poder de persuasão é esse, capaz de iluminar os corações empedernidos, restaurar as mentes degeneradas e infundir o arrependimento nos que se perderam pelos desvãos da vida? A explicação encontra-se no sentimento superior, expandido dos corações maternais. É incontável o número de entidades afetuosas, a exemplo de Matilde e Ernestina, que se aproximam dos gabinetes mediúnicos e, plenas de esperanças, empenham-se no resgate dos seus “pequeninos” infelizes. Por conseguinte, a nossa vivência em campo experimental mediúnico permitiu-nos as seguintes observações: As integrantes da falange das mães consoladoras não se propõem a substituir o esforço da dialética evangélica com os obsessores. Elas apenas aguardam o momento propício de atuação. Pode acontecer que o obsessor, em face da alienação mental que o acomete, só desperte do pesadelo ao captar, com mais intensidade, as vibrações maternais em sua proximidade. Por isso, na condição de esclarecedores responsáveis, quando possível, busquemos o concurso de uma integrante dessa falange honorável, recepcionando-a com respeito e gratidão, porquanto, na condição de benfeitora espiritual, ela mostrar-se-á apta a resgatar, por meio do amor supremo, o filho querido estagiário das sombras. Cremos que, por misericórdia divina, as forças benéficas do Céu e da Terra, neste momento grave de transição planetária, encontram-se firmemente unidas, com a finalidade de propiciar o resgate do maior número possível de irmãos desencarnados, necessitados de nosso concurso fraterno.

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